sábado, 31 de outubro de 2015

Poema aos ventos dos céus




Poema aos ventos dos céus


Ah!... Como é dilacerante
a luta entre o Espírito e a carne
entre a Matéria e o Verbo
a Terra treme debaixo dos meus pés
quando amo
e todos os sonhos do mundo
cabem dentro de mim…

Não há paz no Universo
para meu sossego…

Procuro-te, oh deusa dos céus
dentro da minha visão lunática
que me leva ao princípio dos abismos…

Tudo se apaga à minha volta
e só consigo ver o luzeiro do céu estrelado
e o galope dos ventos cósmicos
que te fecundam…

Alexandre de Castro

Lisboa, Outubro de 2015

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