segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Dissertação sobre o canto do teu encanto… [seguido de um postulado e de um axioma]



Dissertação sobre o canto do teu encanto…
[seguido de um postulado e de um axioma]

O teu canto está no teu encanto
E o teu encanto vem da tua alma generosa e bela
que flutua na delicadeza das nuvens,
entre o Céu e a Terra, e que nos seduz
na harmonia celestial da luz.

Pelo teu corpo e pelos teus poemas
desce lentamente o manto diáfano da brancura,
com que te vestes.
Sabes conquistar a paz, no tormento da guerra.
Sabes que todos nós andamos sequiosos de palavras doces,
tanta é a amargura dos dias e das noites.
Sabes tudo isso...
E eu não sei como devolver-te tanta ternura,
que veio agarrada às palavras e ao teu gesto.
Já não sei...

Apenas posso oferecer-te palavras quentes,
que já não aquecem,
ideias gastas pelo tempo,
que já não motivam
florestas de árvores
que já não ardem, nem incendeiam paixões.
 
Ainda posso oferecer-te
o universo inteiro dos meus sonhos,
- os que alimentam a fome que me consome.
É nele que guardarei o teu amor,
porque nunca esquecerei o canto do teu encanto…

Alexandre de Castro
Lisboa, Dezembro de 2015

Se a catedral que construíste e em que habitas é "o canto do teu encanto", então, eu fico, para receber a bênção dos céus. Queimarei 0 Sol que incendeia as areias do deserto, para que os teus poemas, que tu dizes serem meus, sobrevivam ao esgotamento do tempo. 

Postulado místico-religioso, seguido de um axioma da Física Quântica, que se acrescenta ao poema e à sua natureza, tendo sido escrito, segundo as Escrituras, e levando, como garantia sagrada, o selo divino. 

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